domingo, 14 de abril de 2013

Ao Cair da Neve - Capítulo Um




Inquietação
Avisos: Esta é uma das outras histórias que eu postava em um outro site, anteriormente. Eu gosto de escrever vários tipos diferentes de histórias e esta é uma história de terror. Espero que vocês gostem desta história também e de minhas personagens. 
Boa leitura! (:

 [A imagem do capítulo vai estar aqui, quando estiver pronta]
 
Era uma tarde fria do mês de Setembro, quando uma jovem andava sozinha por entre uma trilha na floresta. Seus olhos estavam marejados e os cabelos, antes belos, estavam todos embaraçados e sujos. Os lábios pareciam rachar-se de tão secos, era como se nunca tivessem tocado em algo líquido. A roupa era composta apenas por trapos que se estendiam até o chão como um vestido sujo.
Ela andava descalça naquele chão úmido, apenas vagando sem ter exatamente para onde ir. Ela carregava a dor de lembranças melancólicas, mas possuía uma expressão vazia. Seus braços possuíam marcas horríveis, como se a tivessem cortado em pedaços, mas ela não parecia se importar.
Já cansada, ela agachou-se com as mãos pressionando o estômago e deixou a testa encostar-se no chão. Ela voltou a chorar, era como se milhares de lembranças dolorosas viessem à tona. Algumas nem chegavam a ser suas.
Tudo o que conseguiu fazer no minuto seguinte, foi vomitar um borrão de vermelho, no cenário branco que começava a se formar.
Estava nevando.

Próxima à floresta, havia uma cidadezinha pequena, onde viviam poucas pessoas, já que a maioria saia de lá, em busca de trabalho nas cidades grandes.
Eles viviam do trabalho rural e da agropecuária. Era muito difícil que alguém, uma vez que decidisse morar ali pelo resto de sua vida, tivesse expectativas muito grandes. A única ligação que eles tinham com a urbanização, era uma estrada, que os levava à cidade grande, localizada a aproximadamente 160 quilômetros dali. A população estava um pouco inquieta, com os rumores da chegada de uma família que vinha da cidade grande para morar ali, naquele lugarzinho de nada. Segundo o que diziam, o homem era um grande empresário e sua família tinha um bom status na sociedade.

Elloise, filha do tal empresário, não estava nada feliz com a idéia da mudança:
– Por que temos que morar naquele fim de mundo? Aposto que nem tem Internet lá!
– Acalme-se, Elloise. Eu não posso fazer nada, é por causa do trabalho de seu pai, já conversamos sobre isso.
– Mas por que justo ele tem que ir pra lá?
– Foi decisão do chefe, seu pai teve que aceitar.
– E como EU fico?
– Oras, o mundo não gira em torno de você, meu anjo.
Sua mãe deu-lhe um olhar severo, e saiu da sala sem dizer mais nada.
Elloise se jogou no sofá e suspirou.
Sua família era estrangeira. Eles chegaram naquele país sem nada, e quando finalmente achou que estavam bem, isso acontece.
– Mas que droga! – Ela atirou uma das almofadas do sofá contra a parede, ainda tentando aceitar a idéia.
– Elloise, já arrumou suas malas? – Gritou sua mãe.
– Ainda não terminei...
– Então está esperando o quê?
– Já vou, já vou. – Ela respondeu revirando os olhos.



~ Fim do capítulo ~

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