sábado, 26 de abril de 2014

A Aluna Favorita - Capítulo Cinco




Henry Richelieu

Avisos
Oi, gente. Olha, não vou nem me demorar com desculpas, porque eu simplesmente não tinha uma ideia muito boa pra continuar o capítulo anterior, não tem nenhum outro motivo além desse. 
Eu detesto ser essa pessoa sem compromisso com os leitores e talvez até um pouco desrespeitosa, visto que vocês esperam ávidos pelo outro capítulo, mas eu sinto muito, de verdade. Estou tentando organizar as coisas, pra poder mudar.
Com isso dito, aviso que toda quarta-feira vai ter um capítulo novo desta história aqui. Quanto às outras, eu ainda vou decidir. 
Sobre o capítulo... Bom, acho que a partir daqui, a história vai mudar completamente, então esqueçam aquela outra versão. E, claro, neste capítulo, o Henry começa a aparecer. 
Enfim, é isso, meus queridos!
Muito obrigada por lerem os avisos, beijinhos e boa leitura! <3

[A imagem do capítulo vai estar aqui, quando estiver pronta]

Cherrie acordou no meio da madrugada, sem ter muita certeza de como havia chegado em seu quarto. Seu cabelo estava desgrenhado e sua maquiagem estava escorrida, marcando os caminhos que suas lágrimas tinham seguido.
Suas mãos tatearam a cômoda no escuro, em busca de seu despertador: eram quatro horas da manhã. Mesmo que ela quisesse voltar a dormir, seu corpo forçou-se a se levantar e a tomar uma ducha para clarear seus pensamentos. Se voltasse a dormir, era provável que ela acordaria atrasada para o colégio.
Quando exatamente ela caíra no sono? Qual foi a última coisa que fizera? Melhor ainda, qual foi a última coisa que comera? Seu estômago roncava, suplicando por comida.
Com certeza não havia nenhum salgadinho nos armários, então ela se apressou para fazer um café da manhã clássico: leite, ovos mexidos com salsicha e frutas frescas cortadas em pedaços.
Ao terminar seu café, ela deixou os pratos na pia para que pudesse lavar depois. Se sua mãe estivesse lá, com certeza a teria obrigado a lavar a louça naquele mesmo instante. Ela não gostava de que deixassem as coisas para depois. 
Cherrie ajeitou sua saia plisada e seu paletó com o símbolo do colégio e calçou seus sapatos pretos de boneca, pronta para sair. Como de praxe, ela trancou a porta e verificou três vezes - mania que herdara de sua mãe. 
As ruas estavam um pouco vazias e os poucos pedestres que andavam apressados, se encolhiam dentro de seus casacos a fim de se proteger do frio londrino. As vezes Cherrie sentia um pouco de inveja do clima de países como a Austrália ou o Brasil, que eram abençoados por clima quente e agradável. Mas ao mesmo tempo, ela se sentia confortável com o clima Europeu.
Como a escola era próxima de sua casa, não demorou muito para que ela avistasse o portão grandioso do colégio. Enquanto observava os outros adolescentes que já estavam por lá, seus olhos pousaram em um menino loiro, de olhos azuis e bochechas levemente rosadas. Como se sentisse que estava sendo observado, ele voltou seu olhar para ela, fazendo-a corar. Tantos anos naquele colégio feminino fizeram com que ela perdesse seu jeito com meninos.
Ele a analisou por alguns instantes e, hesitante, sorriu e acenou para ela. Tentando demonstrar um pouco de segurança, ela deu passos largos na direção dele e retribuiu o sorriso de segundos atrás.
- Olá! - Ela começou o diálogo, com um tom alegre.
- Prazer em te conhecer, meu nome é Henry, e o seu?
- Cherrie... Meu nome é Cherrie. Eu sou nova aqui.
- Você por acaso não seria a menina que brigou com Ângela ontem, seria? - Ele perguntou arqueando uma das sobrancelhas. 
- Talvez...? - Ela respondeu hesitante, abrindo um sorriso amarelo. - Por quê?
- Ah, nada demais. É que eu ouvi parte da briga quando eu estava indo embora. 
- Entendi... - Ela murmurou envergonhada.
- Tenta não ligar pra isso. Ela é bem barraqueira, mas a gente ficou assustado de ver ela brigando com você, sendo que você acabou de chegar aqui. - Ela sentiu um peso saindo de seus ombros. Era bom saber que aquela escola tinha pessoas normais. 
- Eu não a conheço o suficiente - e nem quero -, mas tenho medo dela e do restante do grupo dela. - Henry riu. 
- Eu acho que é ela que tem medo de você. - Cherrie ficou surpresa com o que ele disse. Desconfiada de que alguém pudesse ouvir aquela conversa, ela olhou para os lados com a boca um pouco aberta. 
- Por quê? Eu não fiz nada pra ela. Eu nem a conheço.
- Eu acho que ela suspeita que você seja a nova favorita do professor.
- A nova favorita? Tipo um puxa-saco?
- Mais ou menos, haha.
- Ué, mas e daí? Eu não vou deixar de ser uma boa aluna por causa dela. Que menina babaca! - Ela tampou a boca imediatamente, percebendo que falara alto demais.
- Eu não sei o porquê, mas ela leva isso a sério demais. Talvez seja o prestígio de ser a melhor aluna ou o tratamento especial que ele dá para a favorita.
- Tratamento especial? Mas como... - O sinal tocou, interrompendo Cherrie.
- Depois a gente fala mais sobre isso. Os outros alunos estão começando a chegar... E os professores também.
- Tudo bem, tudo bem. -  Ela concordou.
Ela se afastou de Henry com um aceno amigável e discreto. Seus passos delicados ecoaram no corredor e aos poucos, foram se misturando aos passos dos demais.
Cherrie procurou seu armário, mas não foi difícil achá-lo. Alguma puta aspirante à artista escrevera em letras grandes, uma série de xingamentos nele. Vadia. Puta. Piranha. 
Ah, que recepção calorosa!

Cherrie começou a respirar pesado, mas se controlou para não perder o controle na frente de todo mundo. Não iria dar a satisfação de chorar na frente daquelas vagabundas. Não iria dar corda a nada disso, não mesmo!
Havia cochichos e risadinhas atrás dela, mas seus olhos não se voltaram para eles. Seus olhos se fecharam por um momento, e ela torceu mentalmente para que alguém aparecesse e a ajudasse. Seria até engraçado, se fosse algum garoto bonito fizesse isso, para frustrar as meninas e as deixasse mortas de inveja. 
Mas isso não aconteceu. As meninas que não estavam rindo dela, se afastavam, com medo de serem as próximas e os meninos, não queriam se meter em nenhum assunto de menina. 
Ela respirou fundo e abriu o armário. Suas mãos suadas separaram os livros e cadernos que usaria e guardou os outros. O armário fora trancado novamente e ela virou-se de lado, a fim de ir para a sala de aula. Com o canto do olho, viu as meninas que faziam parte do grupo de Ângela e a própria, com um sorriso de satisfação estampado no rosto. 

A novata decidiu sentar perto de Henry, que olhou para ela um pouco preocupado:
- Tudo bem? Você parece um pouco pálida.
- Está tudo bem. - Ela disse, sentando-se na cadeira vagarosamente, e cruzando as pernas para manter a postura. Sua mente estava a mil, com os pensamentos desordenados e assustados. Será que ela deveria matar a primeira aula e limpar seu armário, ou será que era melhor se agarrar ao que restava de sua dignidade e ignorar os olhares, os comentários...?
Assim que Ângela entrou na sala, ela escolheu a segunda opção, determinada. Quando o grupinho passou por ela, a ruiva sorriu e disse:
- Espero que tenha gostado do DIY que eu fiz no seu armário.
- Eu amei, mas achei a sua caligrafia meio bosta. - Cherrie disse sorrindo de volta, com os braços apoiados na mesa.
- Vou caprichar da próxima vez. - Ângela retrucou, com seu sorriso desaparecendo.
- Por favor. - Cherrie disse virando-se para frente e terminando a conversa, triunfante.

~ Fim do capítulo ~

DIY: Em inglês, "Do It Yourself". Termo usado para coisas que você mesmo pode fazer, como qualquer coisa relacionada a decoração, artesanato e etc. 



domingo, 15 de setembro de 2013

A Aluna Favorita - Capítulo Quatro






As Favoritas

Avisos
Oi, gente! Como eu já expliquei antes tudo o que estava rolando, já vou falar do capítulo mesmo, sem enrolação.
Mudei muitas coisas nesse capítulo, a começar pelo título. Quem acompanhava a história no site do Nyah, sabe que o capítulo quatro era chamado de "Ameaça", justamente porque a Ângela passava mal e o professor a ameaçava, pra que ela não interferisse nos planos dele em relação à Cherrie. Mas nessa nova versão da história, isso não acontece, o final está completamente diferente. Eu pensei em mostrar um pouco mais a relação que a Cherrie, a Ângela e a Rebecca estão construindo (seja ela boa ou não). E tentar tornar as coisas um pouco mais interessantes, pra não ficar só entre a aluna e o professor. O que quero dizer é que o professor (ao menos de início), será o menor problema da Cherrie.
Eu vou para de "falar" e vou deixar vocês lerem a história logo de uma vez... E sim, sou dramática e tem muito palavrão neste capítulo. "Cês" vão ficar assim, ó: °)
Boa leitura, pessoal! <3

[A imagem do capítulo vai estar aqui, quando estiver pronta]

Por que a situação lhe parecia tão ruim? Seria somente por estar sendo o centro das atenções ou seria por causa da forma como tudo estava se desenvolvendo?
A forma como ele falava fazia parecer que ela devolveria um simples bombom na forma de favores – não importando a natureza dos mesmos. Certamente, a fazia parecer promíscua, diante dos olhos de seus novos colegas de sala.
Cherrie suava frio e sentia sua perna formigar de leve, enquanto pensava em uma maneira de contornar a situação e parar de agir como um peixinho de aquário, com os olhos esbugalhados e a boca aberta, deixando vazar um pouco do seu desespero.
– Eu... Eu...
O professor esperava ansioso pela resposta, torcendo para que ela cedesse logo no início, mas seu show foi interrompido pela entrada da professora, que parecia um tanto indignada.
– Aquela mulher está mais caduca a cada dia que passa!
– O que houve? – Han afastou-se de Cherrie e voltou à sua pose habitual, livrando-o de qualquer situação suspeita envolvendo suas alunas.
– Quando eu cheguei lá, a inspetora disse que não havia me chamado e que tampouco sabia de que papéis eu estava falando... E mesmo depois de eu mencionar que foi você que passou o recado, ela se fez de desentendida!
– Acalme-se, acalme-se. Eu vou lá falar com ela por você, talvez a memória dela esteja falhando.
– Mesmo? Você faria isso por mim?
– Claro que sim. – Ele disse abrindo um sorriso gentil, capaz de abalar as estruturas de qualquer mulher despreparada.
– Obrigada... – A professora disse, corando levemente.
– Hmm, professora, tem um pouco de rosto no seu vermelho! – Um dos meninos disse em voz alta, rindo.
– Fique quieto, Julien! – Seu rosto queimava agora e os meninos riam, ao verem que seu objetivo foi alcançado. Qual não foi a sua surpresa, ver Han rindo com os meninos, sem parecer incomodado com a ideia.
No entanto, antes que pudesse contestar qualquer coisa, ele se retirou dizendo:
– Bom, eu já vou indo. Até mais, Lilian.
E ela suspirou encantada.


Ao término das primeiras aulas, todos saíram de suas respectivas salas, ansiosos pelo intervalo.
Cherrie parecia aliviada, especialmente porque o ódio de Ângela estava voltado para sua professora, que agora sorria tímida toda vez que passava por Han.
Claro, Ângela não era a única que repassava os fatos da última aula. Cherrie acreditava que tudo aquilo fora, no mínimo, estranho.
Será que seu novo professor sabia o que estava fazendo? Quer dizer, se alguém soubesse do que aconteceu na última aula, ele provavelmente seria chamado na diretoria e poderia perder seu cargo. Ou será que ele é um galanteador ingênuo? Não dava realmente pra saber...
– Pensando onde vai sentar? – Han interrompeu os pensamentos de sua aluna, que levou um susto.
– Ah... Não... Eu já sei aonde vou me sentar. – Ela diz, apontando para um cantinho perto do lixo, se arrependendo instantaneamente.
– Ali? – Ele pergunta em um tom de deboche. – Se quiser, pode se sentar comigo, ali naquela mesa.
A tal mesa, por sua vez, era extremamente atraente, se comparado com aquele cantinho escolhido por ela, mas não sabia se devia aceitar sua oferta, depois de tudo o que aconteceu nas últimas horas.
– Não se preocupe, professor. Eu vou me sentar ali mesmo. – Ela diz, abrindo um sorriso amarelo.
– Qual é, está com medo daquela ruiva?
– Fala da Ângela? Não, não é isso... Eu só... Só não quero que ela pense coisas erradas.
– Ora, mas qual seria o problema? – Ele se agachou e ficou na altura dela, abraçando-a pelo ombro e encostando-se nela.
– Professor pare com isso, as pessoas vão começar a olhar.
Ângela, que estava sentada com as amigas, colocou os talheres na mesa, indignada.
O professor beijou o pescoço de Cherrie, apenas por provocação.
Cherrie estava paralisada. Sentiu um pequeno formigamento onde ele a beijou, tinha gostado. Deu um certo prazer irritar Ângela, mas não queria fazê-lo novamente.
Ângela queria dar um soco em Cherrie. Dava raiva só de ver que ela não se manifestava. Por que não o empurrava para longe?
– Ah, e lembre-se... Se aquela ruiva te fizer alguma coisa, me avise e tomarei as medidas que forem necessárias.
A jovem não pode evitar sentir-se envergonhada e sentia seu rosto mais vermelho que o de sua professora, ao sentir o hálito quente dele em sua orelha.
O sinal tocou e ele puxou-a para si, fazendo-a se levantar.
– Vamos. Agora é a minha aula mesmo.
Cherrie se manteve quieta, se deixou levar por ele.
Chegando à sala, ela desgrudou dele e sentou-se em sua carteira.
– Viu? Não foi divertido? – Foi, de certa forma. Mas não podia admitir isso.
– Mas agora Ângela vai ficar com raiva de mim...
– E daí?
Rebecca entrou na sala, quieta, mas com um sorriso sombrio. Cherrie ficou se perguntando se ela teria visto o que aconteceu. Ângela entrou logo depois, ignorando o professor e Cherrie.
Quando todos voltaram do intervalo, ele começou a aula, com alguns exercícios simples.
– São exercícios simples. Aqueles que estudaram a lista de vocabulário novo que eu passei, vai fazer isso rapidinho. Vocês têm vinte minutos, entenderam?
– Sim, professor. – A sala respondeu, em uníssono.


Ao contrário do primeiro período, o segundo correu tranquilamente, e antes que percebessem, estava na hora de ir para casa. Cherrie ansiou por esse momento desde o intervalo. Só queria ir pra casa trocar de roupa e esquecer-se de tudo o que aconteceu no seu segundo dia de aula.
Ela estava a caminho do portão de entrada da escola, quando um grupo de meninas se interpôs e seu caminho. Quando Ângela apareceu, Cherrie não ficou nem um pouco surpresa.
– Será que você tem tempo para uma conversinha? – Ela perguntou, sem estar se importando muito com a resposta de Cherrie.
– Não podemos conversar depois? Eu realmente queria ir pra casa agora, estou cansada... – Cherrie disse, tentando contornar o grupo.
– Não, não pode ser depois. – As demais meninas do grupo se juntaram, fazendo com que ela se sentisse encurralada. – Você não precisa se preocupar, eu só quero ter uma conversinha rápida com você... Amiga.
– Sobre o quê?
– Sobre o que aconteceu no intervalo hoje.
– Ângela, eu não...
– O que ele queria com você?
– Ele não queria nada.
– Eu te vi conversando com ele na entrada do refeitório. Não parecia que ele não queria nada.
– Ele só queria saber se eu estava bem.
– Eu não sei se você já captou como as coisas funcionam por aqui, mas eu não sou idiota. O que ele disse pra você naquela hora, quando ele sussurrou no seu ouvido?
– Angel, deixa pra lá. Vai ver ele só queria saber qual era o preço da hora dela, haha. – Uma das meninas interrompeu, rindo.
– Ouvi dizer que ele te deu um bombom e que você iria retribuir fazendo umas “coisinhas” pra ele! – Outra menina reproduziu um dos boatos que ouviu.
– Nossa, você é uma baita de uma putinha, hein? – E começou um burburinho dentro do grupo.
– Como é? – Cherrie não acreditava no que estava ouvindo. – Parem de falar besteiras, suas restardadas! Não dá pra acreditar que vocês estão fazendo isso só por causa de um professor que tem idade pra ser pai de vocês e que não dá a mínima pra nenhuma de nós. Se toquem, a gente nem é maior de idade!
– Você não entende... – Ângela disse baixinho, com a expressão vazia.
– E nem quero entender, sua doida! Agora, se me dão licença, eu vou pra casa! – Cherrie apertou a alça de sua mochila e saiu correndo, antes que alguma outra garota começasse a falar.
– Tá tentando fazer uma boa ação, quatro olhos? – Rebecca apareceu, rindo daquela situação. – Ou tá tentando tirar ela do meio do seu caminho?
Ângela fitou aquela menina pálida por alguns instantes e sem nenhum aviso, avançou pra cima dela. Como Rebecca é praticamente osso, foi muito fácil derrubá-la. O grupinho que seguia Ângela observava aquela situação sem entender nada.
– E eu achando que você era uma pessoa forte... – Rebecca disse, calma. – Mas você não mudou nada. Continua querendo impressionar aquele filho da puta.
– E você, sua vagabunda? Continua cavando a própria cova, querendo ficar magra e esperando ele te querer de volta.
– Pelo menos eu posso consertar o meu problema. E você, que vai continuar a mesma merda pra sempre, com esses óculos? – Rebecca rebateu, se levantando.
– Quando você tiver consertado o seu problema, vai estar morta. E seus pais vão dar uma festa, por terem se livrado de uma bostinha que nem você.
– Cala a boca, imbecil.
Com isso, Rebecca saiu andando, se esforçando para não permitir que aquela ruiva convencida a visse chorar. Ângela voltou-se para o seu grupo, com lágrimas nos olhos e deu-lhes uma última ordem.
 – Anda, vamos embora.

E Cherrie, que já estava na porta de sua casa, chorava também, mas porque nunca se sentira tão sozinha antes, durante toda a sua vida. 

~ Fim do capítulo ~

Ainda estou viva, viu, gente?

Eu sei que não postei nada aqui durante esses últimos tempos, mas eu ainda estou viva. E com um milhão de ideias, para tudo quanto é história minha. Eu não andei escrevendo nada, em partes porque sou preguiçosa, em partes porque um monte de coisas andou acontecendo e em partes porque eu estava concentrada em uma outra história minha, que ninguém aqui conhece, mas que é meu xodó.
Mas aí vocês me perguntam: Tá, o que é que tanto aconteceu na sua vida assim?
Um monte de coisas, sério. Eu só não conto as coisas que envolvem minha relação com meus amigos, porque tem umas coisas loucas que vocês não acreditariam mesmo, então não tem porque eu contar. (˘˘)

Mas como as novidades não envolvem só isso, eu tenho outras coisas pra contar.
1. Por exemplo, viajei com a minha família, para um país chamado República Dominicana. Coloquei o nome em negrito, porque muitos amigos meus acharam que eu fui pra Punta Del Leste, Costa Rica ou Porto Rico. ( )
É um país lindo, cheio de gente maravilhosa e feliz (mas feliz de verdade mesmo) e uma cultura incrível! Eu até postaria umas fotos aqui, mas acho melhor eu não fazer isso. Apesar de que, quem me tem no Facebook, pode ver as fotos de qualquer forma... (──)

2. No dia em que eu cheguei da viagem, meus avós vieram me receber e avisaram que tinha chegado 14 cartas e um pacote para mim. Mas não parou por aí. No final do mês, fui contar e eu tinha recebido 45 cartas. Quarenta e cinco, cara.
Eu passei as férias inteiras respondendo carta (tanto pra amigos daqui do Brasil, quanto para amigos de fora do país) e ainda faltam umas 20. E mesmo assim não para de chegar carta. ((chora de felicidade/desespero)) (Д)

3. Passei a me concentrar mais em uma outra história, como eu havia dito anteriormente. Ela não tem nome, mas tem mais de cem personagens e eu amo ficar inventando coisas pra ela. 

4. Um outro semestre na faculdade começou e eu tenho que estudar muito porque estou de DP em Contabilidade. Mas a notícia boa é que estou tendo aulas de Alemão e Relações Internacionais, então tá tudo bem! (ノ◕ヮ◕)

5. Eu consegui um estágio. SIM, GENTE. Eu consegui!! A preguiçosa de 20 anos finalmente conseguiu seu primeiro emprego e fica feliz em ter que acordar às quatro da manhã todos os dias!! ()   

6. Além da viagem à República Dominicana, eu também fui pro PETAR (em Iporanga) e pra Paranapiacaba. Mas essas viagens foram visitas técnicas da faculdade.

E acho que é isso aí. (◕‿◕✿)

P.S.: Jessicaka, eu sou uma idiota, desculpa. Achei que eu tivesse respondido seu comentário, mas só vi agora que eu não respondi. E eu sei que você fez aniversário nesse período que eu não postei nada, e até fiz um presentinho pra você, mas fiquei com vergonha de te mostrar. D:
Eu queria postar aqui no blog, mas não sabia se eu poderia, já que no meio do presente, tem uma foto sua. @_@

Agora vocês não precisam se preocupar, people, porque eu voltei a escrever, mesmo durante as aulas da faculdade. E se vocês acham que eu estou mentindo, podem perguntar à minha amiga Raúla, porque ela leu meus rascunhos. ((Gente, Raúla não é um nome lindo? Eu amo! * - *))

Vou terminar essa explicação confusa, pra postar um capítulo novo! Fui! 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A Aluna Favorita - Personagens Femininas Principais

Oi, gente. Tudo bem com vocês? Eu espero que sim.
Talvez eu deva desculpas como sempre, mas não vou me prolongar nisso. Acho que todo mundo já tá cansado de saber o porquê de eu demorar tanto com as coisas. Mas confesso que, ultimamente, eu realmente não estava inspirada pra fazer nada com relação à maioria das minhas histórias. Mas graças a Deus, eu achei umas histórias boas que me inspiraram e agora eu tô tentando voltar a fazer alguma coisa, porque né, eu quero terminar essas histórias antes de eu morrer. 
Então, andei tentando trabalhar no conceito de algumas personagens. A única coisa chata é que os desenhos estão com cara de 'estudante aspirante à estilista', e não com cara de 'conceito de personagem' e tudo o mais. Mas né, de qualquer forma, decidi mostrar pra vocês e vocês podem se sentir à vontade pra dizerem o que acharam. Claro que não tá lá aquelas coisas - eu sei que meus desenhos estão longe de serem perfeitos - mas acho que seria legal vocês verem como é cada personagem, na minha cabeça.
Por hoje, só vou postar o trio principal da história 'A Aluna Favorita', que é composto por Cherrie, Rebecca e Angela. 

Aviso: As imagens são grandes.
Cherrie 


Bom, essa é a Cherrie. Confesso que no começo eu não a imaginava assim, mas uma leitora fez uma fanart muito fofa dela e do Henry e eu gostei muito. Pra ser sincera, eu adoro criar personagens, mas quando eu crio uma história logo de cara, dificilmente paro para pensar nos detalhes de cada um. 
É claro que nem ela e nem as outras são altas desse jeito. Até porque, elas são novinhas. Elas só estão desse tamanho, por causa da proporção que eu uso em todos os meus desenhos. Ainda que elas estejam enormes, notem que a Cherrie é mais baixa que as demais, haha.
A roupa que ela está usando, seria mais para encontros ou algum evento especial. A Cherrie gosta de usar coisas fofas e simples, no dia-a-dia, que a façam se sentir confortável.

Rebecca


A Rebecca é uma das minhas favoritas, de verdade. O problema em desenhá-la, é que eu não sei retratar uma pessoa bulêmica/anoréxica, porque as formas desse tipo de pessoa são realmente diferentes de um corpo saudável. Fica tudo mais ossudo, sabe? 
Eu tentei passar isso pro papel, mas não deu muito certo. É provável que o conceito dela mude mais um pouco, porque vou precisar de referências, na hora de desenhá-la, mas as olheiras e o cabelo se manterão assim.
A roupa que ela está usando, é, na verdade, uma camiseta longa, que ela usa na hora de dormir. Na escola e mesmo em casa, ela costuma usar blusas, para cobrir as cicatrizes que possui nos pulsos.

Angela  


E por fim, a Angela. A ruivinha chata e com sardas, que o professor detesta. Ela geralmente não anda muito largada assim, não. Mas é um estilo que eu gosto e achei que cairia bem ao desenhar. 
Eu não sei vocês, mas acho até que combinou. O problema é que a Angela é meio popularzinha, então ela tenta andar com umas roupas mais 'na moda' e não com qualquer roupa que ela queira. E sim, ela usa óculos e anda meio emburrada quando está perto da Cherrie, porque ela não suporta ver a colega recebendo tanta atenção do professor.

Eu sei, as imagens estão muito grandes e está um pouco ruim assim, mas se eu não deixo no tamanho original, não dá pra ver direito... E o meu forte não é fazer descrições. E claro, levem em consideração que são quase quatro horas da manhã, então devo estar escrevendo que nem uma bêbada - seja lá como for um bêbado escrevendo. 

Bom, era isso, meus queridos. Espero que tenham gostado e me desculpem por ficar sumindo e voltando toda hora. Estou tentando mudar isso de uma vez por todas.

terça-feira, 16 de abril de 2013

As The Snow Falls - Chapter One





Unrest

Death the Queen is speaking:
Hello! How  have you been? I hope that everything if fine with you! (:
Since I know that some foreigners (including some amazing friends of mine) read my stories, I decided to translate this one too. It's very different from 'Testing Love', because 'As The Snow Falls' is a horror story. I like to try writting different genres of stories, so I hope that you'll like this one.
I don't have many things to say, but I hope that you'll enjoy Elloise's adventure! Enjoy! <3 

[the image of the chapter will go here, when I finish to draw it]

It was a cold afternoon during the month of September, when a young lady was walking alone on a forest trail. She had teary eyes and her hair was all tangled and dirty. The lips seemed to be cracking due to the dryness, like if they’ve never tasted anything liquid before. And the clothes – I’m not sure if they could be considered clothes – were composed by a lot of old rags crawling across the ground like a dirty dress.
She was walking barefoot on the humid ground, only wandering, with no idea of where to go. She was carrying the pain of melancholic thoughts, but she had a blank expression in her face. Her arms were hurt and it looked like if someone had cut her in little pieces, but she didn’t seem to care.
Tired, she crouched with her hands pressed against her stomach, letting her forehead touch the cold ground. She started to cry again and many painful thoughts started to emerge. The funniest thing was that some of them weren’t even hers.
She could do nothing and the only thing that she was able to do in the next minute was to throw up a red smudge in the white scenery that was starting to appear.
It was snowing.


Near to the forest, there was a small town where only a few lived, since many of them wanted to change their lives moving to the big city. The majority of the population there is composed by farmers and once someone decides to live there for the rest of their lives, they know already that they shouldn’t have any big expectations in life.
The only connection they had with the big city was a road and they usually take four hours to get to the city.
The population was a little restless with the rumors that a family from the big city was moving to the town, in the middle of nowhere. They knew nothing about them, but some people said that the man was a very important entrepreneur and his family had a good status in the high society.
Elloise, the entrepreneur’s daughter, wasn’t very happy with the situation.

 – Why do we have to move to another city? I bet that they don’t even know what internet is!

 – Calm down, Elloise. I can’t do anything, it’s because your father’s work. We already talked about it.

 – But why him? There are so many other people that they could send!

 – His boss decided it, he had to accept it.

 – Well, and what about ME?

 – Darling, the world does not turns around you.

Her mother gave her a severe look and left the room without saying anything.
Elloise threw herself on the couch and sighed.
Her family was foreign. They arrived in that country with nothing, and when she finally thought it was everything okay, it happens.

– Damn it! – She threw one of the couch cushions against the wall, still trying to accept the idea.

 – Have you packed your belongings already? – Her mother yelled.

 – No…

 – What are you waiting for?

– Ugh... – She rolled her eyes.



~ End of the chapter ~

domingo, 14 de abril de 2013

Ao Cair da Neve - Capítulo Dois





Elsenward


[A imagem do capítulo vai estar aqui, quando estiver pronta]

A neve havia cessado de madrugada, mas a sua presença ainda era evidente, em todas as árvores, na estrada, no telhado das casas.
Elloise apreciava a paisagem de vez em quando, entediada.
– Falta muito para chegarmos no fim de mundo?
– Não, querida. – Sua mãe respondeu-a. – E o nome da cidade é Elsenward.
Em resposta ao olhar severo de sua mãe, Elloise revirou os olhos, com desprezo.
– Pouco me importa o nome dessa droga de cidade.
– Não diga isso. – Seu pai, até então quieto pronunciou-se. – Essa "droga" de cidade é agora nosso lar.
– Mas por que justo você tinha que ser transferido, papai??
– Porque eles precisam de alguém experiente para cuidar das coisas por aqui. Não podiam mandar o John.
– Claro que não podiam, ele é um babaca. – Elloise já tinha ouvido falar dele. Nada bom, se quer saber. – Não sei nem porque ainda não demitiram um cara que quase levou a empresa à falência.
O pai riu com a indignação da filha.
– Oh, já estamos chegando.
Elloise olhou para fora de novo e, dentre as árvores, jurou ter visto alguma coisa. Um animal, talvez? Não, seja lá o que fosse, andava como um ser humano.
Devia ser humano. Quem sabe estava fazendo uma trilha pela floresta?
Deve ser a única coisa que tem pra se fazer aqui.

Na entrada da cidade, havia uma placa simples de madeira com os dizeres "Bem-vindo a Elsenward – A cidade mais pacífica do país"
Correção, a cidade mais tediosa do mundo todo. – Elloise pensava, azeda.
Ao estacionarem o carro, Elloise desceu e fez questão de mostrar-se mais indignada do que antes.
– Mamãe, quantos quartos esta casa tem?
– Dez, no máximo. – Ela ficou de queixo caído. Dez quartos? Não daria para guardar todas as suas coisas nem que jogasse metade fora. – Deixo você escolher o maior quarto.
– Os maiores quartos, você quis dizer.
– Não. Querida, um quarto para você é suficiente.
– Mas e as minhas coisas?
– Não são tantas assim, um quarto é suficiente. – Sua mãe afirmou.
O pai abriu a porta da frente e se preparou para descarregar as malas. – A casa já estava parcialmente mobiliada, visto que o caminhão de mudanças foi para lá com o carro de mudanças no dia anterior e os móveis foram colocados na disposição ordenada pelo casal.
Apenas os quartos ainda não estavam mobiliados, por isso Elloise ainda poderia escolher.
Ela subiu as escadas, os passos ressoando pela casa.
Desde que chegara tinha aquela sensação de estar sendo observada por alguém. Que desagradável.
Os quartos não eram muito bonitos, as paredes estavam descascando, mas conseguiu escolher o maior. Era o único que tinha uma varanda também.
– Mamãe, papai! Já escolhi o meu quarto!
– Muito bem, querida. Daqui a meia hora o caminhão de mudança chega com os seus móveis. Ela assentiu e pegou sua mala, já verificando se não havia esquecido nada.

Em resumo, ao fim do dia seu quarto já estava mobiliado e ela apenas colocou suas roupas e sapatos no guarda-roupa e decorou-o novamente com o seu tapete, seu mural de fotos, seus cadernos, tudo.
Sua mãe foi até lá e entregou-lhe uma espécie de uniforme, dobrado.
– O que é isso? – Elloise desdobrou as roupas. Eram horríveis ao seu ver. – Pelo amor de Deus, não me diga que vou ter que usar isso.
– Sim, vai. É o uniforme do colégio. Providenciei-o o mais rápido possível para você frenquentar as aulas. E o seu material está lá embaixo.
Elloise fez uma careta e jogou o uniforme dentro do guarda-roupa.
– Vai ver só, quando menos esperar, já vai ter se acostumado com a vida pacata daqui.
Humpf. Duvido muito.

~ Fim do capítulo ~

Ao Cair da Neve - Capítulo Um




Inquietação
Avisos: Esta é uma das outras histórias que eu postava em um outro site, anteriormente. Eu gosto de escrever vários tipos diferentes de histórias e esta é uma história de terror. Espero que vocês gostem desta história também e de minhas personagens. 
Boa leitura! (:

 [A imagem do capítulo vai estar aqui, quando estiver pronta]
 
Era uma tarde fria do mês de Setembro, quando uma jovem andava sozinha por entre uma trilha na floresta. Seus olhos estavam marejados e os cabelos, antes belos, estavam todos embaraçados e sujos. Os lábios pareciam rachar-se de tão secos, era como se nunca tivessem tocado em algo líquido. A roupa era composta apenas por trapos que se estendiam até o chão como um vestido sujo.
Ela andava descalça naquele chão úmido, apenas vagando sem ter exatamente para onde ir. Ela carregava a dor de lembranças melancólicas, mas possuía uma expressão vazia. Seus braços possuíam marcas horríveis, como se a tivessem cortado em pedaços, mas ela não parecia se importar.
Já cansada, ela agachou-se com as mãos pressionando o estômago e deixou a testa encostar-se no chão. Ela voltou a chorar, era como se milhares de lembranças dolorosas viessem à tona. Algumas nem chegavam a ser suas.
Tudo o que conseguiu fazer no minuto seguinte, foi vomitar um borrão de vermelho, no cenário branco que começava a se formar.
Estava nevando.

Próxima à floresta, havia uma cidadezinha pequena, onde viviam poucas pessoas, já que a maioria saia de lá, em busca de trabalho nas cidades grandes.
Eles viviam do trabalho rural e da agropecuária. Era muito difícil que alguém, uma vez que decidisse morar ali pelo resto de sua vida, tivesse expectativas muito grandes. A única ligação que eles tinham com a urbanização, era uma estrada, que os levava à cidade grande, localizada a aproximadamente 160 quilômetros dali. A população estava um pouco inquieta, com os rumores da chegada de uma família que vinha da cidade grande para morar ali, naquele lugarzinho de nada. Segundo o que diziam, o homem era um grande empresário e sua família tinha um bom status na sociedade.

Elloise, filha do tal empresário, não estava nada feliz com a idéia da mudança:
– Por que temos que morar naquele fim de mundo? Aposto que nem tem Internet lá!
– Acalme-se, Elloise. Eu não posso fazer nada, é por causa do trabalho de seu pai, já conversamos sobre isso.
– Mas por que justo ele tem que ir pra lá?
– Foi decisão do chefe, seu pai teve que aceitar.
– E como EU fico?
– Oras, o mundo não gira em torno de você, meu anjo.
Sua mãe deu-lhe um olhar severo, e saiu da sala sem dizer mais nada.
Elloise se jogou no sofá e suspirou.
Sua família era estrangeira. Eles chegaram naquele país sem nada, e quando finalmente achou que estavam bem, isso acontece.
– Mas que droga! – Ela atirou uma das almofadas do sofá contra a parede, ainda tentando aceitar a idéia.
– Elloise, já arrumou suas malas? – Gritou sua mãe.
– Ainda não terminei...
– Então está esperando o quê?
– Já vou, já vou. – Ela respondeu revirando os olhos.



~ Fim do capítulo ~