domingo, 15 de setembro de 2013

A Aluna Favorita - Capítulo Quatro






As Favoritas

Avisos
Oi, gente! Como eu já expliquei antes tudo o que estava rolando, já vou falar do capítulo mesmo, sem enrolação.
Mudei muitas coisas nesse capítulo, a começar pelo título. Quem acompanhava a história no site do Nyah, sabe que o capítulo quatro era chamado de "Ameaça", justamente porque a Ângela passava mal e o professor a ameaçava, pra que ela não interferisse nos planos dele em relação à Cherrie. Mas nessa nova versão da história, isso não acontece, o final está completamente diferente. Eu pensei em mostrar um pouco mais a relação que a Cherrie, a Ângela e a Rebecca estão construindo (seja ela boa ou não). E tentar tornar as coisas um pouco mais interessantes, pra não ficar só entre a aluna e o professor. O que quero dizer é que o professor (ao menos de início), será o menor problema da Cherrie.
Eu vou para de "falar" e vou deixar vocês lerem a história logo de uma vez... E sim, sou dramática e tem muito palavrão neste capítulo. "Cês" vão ficar assim, ó: °)
Boa leitura, pessoal! <3

[A imagem do capítulo vai estar aqui, quando estiver pronta]

Por que a situação lhe parecia tão ruim? Seria somente por estar sendo o centro das atenções ou seria por causa da forma como tudo estava se desenvolvendo?
A forma como ele falava fazia parecer que ela devolveria um simples bombom na forma de favores – não importando a natureza dos mesmos. Certamente, a fazia parecer promíscua, diante dos olhos de seus novos colegas de sala.
Cherrie suava frio e sentia sua perna formigar de leve, enquanto pensava em uma maneira de contornar a situação e parar de agir como um peixinho de aquário, com os olhos esbugalhados e a boca aberta, deixando vazar um pouco do seu desespero.
– Eu... Eu...
O professor esperava ansioso pela resposta, torcendo para que ela cedesse logo no início, mas seu show foi interrompido pela entrada da professora, que parecia um tanto indignada.
– Aquela mulher está mais caduca a cada dia que passa!
– O que houve? – Han afastou-se de Cherrie e voltou à sua pose habitual, livrando-o de qualquer situação suspeita envolvendo suas alunas.
– Quando eu cheguei lá, a inspetora disse que não havia me chamado e que tampouco sabia de que papéis eu estava falando... E mesmo depois de eu mencionar que foi você que passou o recado, ela se fez de desentendida!
– Acalme-se, acalme-se. Eu vou lá falar com ela por você, talvez a memória dela esteja falhando.
– Mesmo? Você faria isso por mim?
– Claro que sim. – Ele disse abrindo um sorriso gentil, capaz de abalar as estruturas de qualquer mulher despreparada.
– Obrigada... – A professora disse, corando levemente.
– Hmm, professora, tem um pouco de rosto no seu vermelho! – Um dos meninos disse em voz alta, rindo.
– Fique quieto, Julien! – Seu rosto queimava agora e os meninos riam, ao verem que seu objetivo foi alcançado. Qual não foi a sua surpresa, ver Han rindo com os meninos, sem parecer incomodado com a ideia.
No entanto, antes que pudesse contestar qualquer coisa, ele se retirou dizendo:
– Bom, eu já vou indo. Até mais, Lilian.
E ela suspirou encantada.


Ao término das primeiras aulas, todos saíram de suas respectivas salas, ansiosos pelo intervalo.
Cherrie parecia aliviada, especialmente porque o ódio de Ângela estava voltado para sua professora, que agora sorria tímida toda vez que passava por Han.
Claro, Ângela não era a única que repassava os fatos da última aula. Cherrie acreditava que tudo aquilo fora, no mínimo, estranho.
Será que seu novo professor sabia o que estava fazendo? Quer dizer, se alguém soubesse do que aconteceu na última aula, ele provavelmente seria chamado na diretoria e poderia perder seu cargo. Ou será que ele é um galanteador ingênuo? Não dava realmente pra saber...
– Pensando onde vai sentar? – Han interrompeu os pensamentos de sua aluna, que levou um susto.
– Ah... Não... Eu já sei aonde vou me sentar. – Ela diz, apontando para um cantinho perto do lixo, se arrependendo instantaneamente.
– Ali? – Ele pergunta em um tom de deboche. – Se quiser, pode se sentar comigo, ali naquela mesa.
A tal mesa, por sua vez, era extremamente atraente, se comparado com aquele cantinho escolhido por ela, mas não sabia se devia aceitar sua oferta, depois de tudo o que aconteceu nas últimas horas.
– Não se preocupe, professor. Eu vou me sentar ali mesmo. – Ela diz, abrindo um sorriso amarelo.
– Qual é, está com medo daquela ruiva?
– Fala da Ângela? Não, não é isso... Eu só... Só não quero que ela pense coisas erradas.
– Ora, mas qual seria o problema? – Ele se agachou e ficou na altura dela, abraçando-a pelo ombro e encostando-se nela.
– Professor pare com isso, as pessoas vão começar a olhar.
Ângela, que estava sentada com as amigas, colocou os talheres na mesa, indignada.
O professor beijou o pescoço de Cherrie, apenas por provocação.
Cherrie estava paralisada. Sentiu um pequeno formigamento onde ele a beijou, tinha gostado. Deu um certo prazer irritar Ângela, mas não queria fazê-lo novamente.
Ângela queria dar um soco em Cherrie. Dava raiva só de ver que ela não se manifestava. Por que não o empurrava para longe?
– Ah, e lembre-se... Se aquela ruiva te fizer alguma coisa, me avise e tomarei as medidas que forem necessárias.
A jovem não pode evitar sentir-se envergonhada e sentia seu rosto mais vermelho que o de sua professora, ao sentir o hálito quente dele em sua orelha.
O sinal tocou e ele puxou-a para si, fazendo-a se levantar.
– Vamos. Agora é a minha aula mesmo.
Cherrie se manteve quieta, se deixou levar por ele.
Chegando à sala, ela desgrudou dele e sentou-se em sua carteira.
– Viu? Não foi divertido? – Foi, de certa forma. Mas não podia admitir isso.
– Mas agora Ângela vai ficar com raiva de mim...
– E daí?
Rebecca entrou na sala, quieta, mas com um sorriso sombrio. Cherrie ficou se perguntando se ela teria visto o que aconteceu. Ângela entrou logo depois, ignorando o professor e Cherrie.
Quando todos voltaram do intervalo, ele começou a aula, com alguns exercícios simples.
– São exercícios simples. Aqueles que estudaram a lista de vocabulário novo que eu passei, vai fazer isso rapidinho. Vocês têm vinte minutos, entenderam?
– Sim, professor. – A sala respondeu, em uníssono.


Ao contrário do primeiro período, o segundo correu tranquilamente, e antes que percebessem, estava na hora de ir para casa. Cherrie ansiou por esse momento desde o intervalo. Só queria ir pra casa trocar de roupa e esquecer-se de tudo o que aconteceu no seu segundo dia de aula.
Ela estava a caminho do portão de entrada da escola, quando um grupo de meninas se interpôs e seu caminho. Quando Ângela apareceu, Cherrie não ficou nem um pouco surpresa.
– Será que você tem tempo para uma conversinha? – Ela perguntou, sem estar se importando muito com a resposta de Cherrie.
– Não podemos conversar depois? Eu realmente queria ir pra casa agora, estou cansada... – Cherrie disse, tentando contornar o grupo.
– Não, não pode ser depois. – As demais meninas do grupo se juntaram, fazendo com que ela se sentisse encurralada. – Você não precisa se preocupar, eu só quero ter uma conversinha rápida com você... Amiga.
– Sobre o quê?
– Sobre o que aconteceu no intervalo hoje.
– Ângela, eu não...
– O que ele queria com você?
– Ele não queria nada.
– Eu te vi conversando com ele na entrada do refeitório. Não parecia que ele não queria nada.
– Ele só queria saber se eu estava bem.
– Eu não sei se você já captou como as coisas funcionam por aqui, mas eu não sou idiota. O que ele disse pra você naquela hora, quando ele sussurrou no seu ouvido?
– Angel, deixa pra lá. Vai ver ele só queria saber qual era o preço da hora dela, haha. – Uma das meninas interrompeu, rindo.
– Ouvi dizer que ele te deu um bombom e que você iria retribuir fazendo umas “coisinhas” pra ele! – Outra menina reproduziu um dos boatos que ouviu.
– Nossa, você é uma baita de uma putinha, hein? – E começou um burburinho dentro do grupo.
– Como é? – Cherrie não acreditava no que estava ouvindo. – Parem de falar besteiras, suas restardadas! Não dá pra acreditar que vocês estão fazendo isso só por causa de um professor que tem idade pra ser pai de vocês e que não dá a mínima pra nenhuma de nós. Se toquem, a gente nem é maior de idade!
– Você não entende... – Ângela disse baixinho, com a expressão vazia.
– E nem quero entender, sua doida! Agora, se me dão licença, eu vou pra casa! – Cherrie apertou a alça de sua mochila e saiu correndo, antes que alguma outra garota começasse a falar.
– Tá tentando fazer uma boa ação, quatro olhos? – Rebecca apareceu, rindo daquela situação. – Ou tá tentando tirar ela do meio do seu caminho?
Ângela fitou aquela menina pálida por alguns instantes e sem nenhum aviso, avançou pra cima dela. Como Rebecca é praticamente osso, foi muito fácil derrubá-la. O grupinho que seguia Ângela observava aquela situação sem entender nada.
– E eu achando que você era uma pessoa forte... – Rebecca disse, calma. – Mas você não mudou nada. Continua querendo impressionar aquele filho da puta.
– E você, sua vagabunda? Continua cavando a própria cova, querendo ficar magra e esperando ele te querer de volta.
– Pelo menos eu posso consertar o meu problema. E você, que vai continuar a mesma merda pra sempre, com esses óculos? – Rebecca rebateu, se levantando.
– Quando você tiver consertado o seu problema, vai estar morta. E seus pais vão dar uma festa, por terem se livrado de uma bostinha que nem você.
– Cala a boca, imbecil.
Com isso, Rebecca saiu andando, se esforçando para não permitir que aquela ruiva convencida a visse chorar. Ângela voltou-se para o seu grupo, com lágrimas nos olhos e deu-lhes uma última ordem.
 – Anda, vamos embora.

E Cherrie, que já estava na porta de sua casa, chorava também, mas porque nunca se sentira tão sozinha antes, durante toda a sua vida. 

~ Fim do capítulo ~

4 comentários:

  1. Fiz um comentário lindo e enorme, aí bugou na hora que eu cliquei em "visualizar". Cortou a metade do comentário! Ò_Ó Bom, pra que isso não aconteça de novo, vou fazer um breve comentário aqui rapidão: adorei o capítulo, é claro, ficou uma lindeza! E adorei o Han todo ousado EUHAUHEO -v-.
    E sobre a Rebecca e a Cherrie, eu fiquei tipo: </3
    Ah!! E vou desenhar outra Cherrie pra você :3 se eu lembrar, é claro EOUHUAHOE meu traço evoluiu bastante, então acho que agora o desenho vai sair melhorzinho :3


    By: Jessicaka.

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    1. GENTE. Eu acho que a internet não gosta quando pessoas comentam no meu blog e daí ele ferra com todo mundo que tenta comentar HAUSHAUSH ;-;
      Obrigada, eu fico muito feliz em saber disso! Eu fiquei tão preocupada com o andamento desse capítulo específico, mas agora que já postei, estou me preocupando com o próximo. >w<
      Sérioooo? Gente, vou criar uma sessão de fanarts, pra colocar seus desenhos! ♥
      Fiquei curiosa, quero muito ver como seu traço está! Continue sempre treinando, o treino leva à perfeição (ou a algo próximo disso). Nós sempre vamos melhorando aspectos de nossos desenhos. * - *

      Muito obrigada por comentar!
      Beijos e abraços, Jess! ♥

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  2. Adorei o capítulo, Cherrie embora não pareça, está mais madura nessa versão e Ângela continua a irritante de sempre, uma pena que ela seja tão odiosa, nem dá para sentir pena dela. Já a Becca é a que eu mais gostei até agora, não sei, ela realmente me cativou e Han continua sendo meu amigo colorido, porque eu e Henry temos um tempo.

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    1. Por que vocês deram um tempo? HAUSHS Por que ele mudou muito? AHSUSH
      Mas enfim, eu amo a Rebecca, ela é uma das minhas personagens favoritas.
      A Ângela vai pegar mais no pé da Cherrie e ela, por sua vez, ficou um pouco mais ácida nessa versão HAUSAHSUASH ♥
      Eu espero que você goste dessa versão, apesar das diferenças discrepantes! Muito obrigada pelo comentário, ele me cativou u3u
      Besos, besos! ♥

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